sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Atuação das massas de ar no Brasil

As massas de ar são extensas “bolsas” de ar que realizam deslocamentos ao longo da troposfera, possuem características particulares de temperatura, pressão e umidade relativamente uniforme. Tais características são adquiridas do lugar onde as massas se originam (exemplo: massa polar), porém, ao se deslocarem, interferem no clima e no tempo de distintos lugares por onde passam.

O que difere uma massa de ar de outra massa são a temperatura (quente ou fria) e a umidade (seca ou úmida). Quanto à temperatura, elas podem ser equatoriais/ tropicais (quentes) ou polares (frias). Já em relação à umidade, as massas podem ser marítimas (úmidas) ou continentais (secas), exceto quando se formam em regiões de florestas equatoriais, onde há grande umidade em virtude do processo de evapotranspiração.



De acordo com o deslocamento, as massas de ar vão sendo destituídas de suas características originais, que acontece quando ocorre o encontro de duas massas distintas, fato que dá origem às frentes.
As frentes podem ser frias ou quentes, as frias se formam a partir do contato de uma massa de ar fria com uma quente, sendo que a primeira empurra a segunda. Quando isso acontece, o ar frio eleva a massa de ar quente - que sofre um resfriamento - e a água que se encontra nas nuvens se reverte em chuvas. São nas frentes frias que ocorrem vendavais, temporais e chuvas de granizo.

As frentes quentes acontecem a partir do encontro de uma massa de ar quente com uma fria, de modo que a primeira empurra a segunda. Esse tipo de frente também produz chuvas, no entanto, sem ventos de grande velocidade, granizo, etc.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

DEGELO DO ÁRTICO

O Ártico está esquentando mais rápido do que se imaginava e seus mantos de gelo estão derretendo sob influência do aquecimento global. Leia o post para saber mais!

Um estudo feito a partir de novos dados obtidos pelo satélite Acqua, da Nasa, a agência espacial norte-americana, mostra que o processo de diminuição do gelo marinho no Ártico – que já dura uma década – continua. O manto de gelo também está cada vez mais fino. O gelo marinho no Ártico funciona como se fosse uma espécie de ar condicionado para o sistema climático global. Ele reflete a radiação solar de volta ao espaço por possuir um albedo elevado, absorvendo menos energia solar. Já as águas do oceano absorvem maior radiação solar causando mais aquecimento.
Pesquisadores que monitoram a calota glacial ártica a partir do espaço afirmam que no último inverno (no hemisfério Norte) o gelo no círculo polar apresentou a quinta menor extensão desde que esse tipo de registro começou a ser feito, em 1979.
Os seis menores níveis ocorreram justamente nos últimos seis anos, de 2004 a 2009. A velocidade com que o gelo marinho no extremo norte do planeta está encolhendo tem surpreendido os cientistas.
Fonte: Agência Fapesp. Com adaptações.

Observe a imagem e o gráfico a seguir sobre a situação do degelo marinho no Ártico.
Clique na imagem para ampliar

Com base na análise dos dados, é possível concluir que a camada de gelo mais espessa que cobre a região ártica diminuiu de forma considerável entre os invernos de 2004 e 2008. Porém foi no ano de 2008 que ela atingiu seu nível mais baixo, sendo substituída por gelo temporário muito mais fino. De acordo com os cientistas, isso ocorreu (e ainda ocorre) devido ao aumento aumento da taxa de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, que eleva a temperatura da Terra e leva ao derretimento do gelo próximo aos pólos. Com isso, a terra ou o mar aberto ocupam seu lugar. Ambos são, em média, substratos com menor capacidade de reflexão que o gelo, e, portanto, absorvem mais radiação solar. Isso causa ainda mais aquecimento, gerando mais derretimento de gelo, alimentando o ciclo.

Para obter mais informações sobre o Ártico, acesse a Pesquisa escolar do portal e digite na caixa de busca a palavra "Ártico".

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O PETRÓLEO DA CAMADA PRÉ-SAL

Saiba o que é a camada pré-sal e os desafios que o Brasil precisa enfrentar para explorá-la.

Chamamos de petróleo a substância oleosa e inflamável resultado da combinação de moléculas de carbono e hidrogênio. Sua origem orgânica está ligada à decomposição de organismos (animais ou vegetais) que ao longo de milhões de anos foram se acumulando no fundo dos mares e dos lagos, transformando-se no principal recurso energértico da sociedade industrializada.

Segundo a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), atualmente o consumo mundial de petróleo é de aproximadamente 85,43 milhões de barris diários, sendo que 90% desse óleo é usado como combustível e o restante utilizado na produção de diversos produtos que fazem parte do nosso dia a dia. Por ser um recurso indispensável no mundo moderno, os países que possuem reservas de petróleo realizam grandes investimentos em conhecimento e tecnologia para explorar e produzir o óleo. O Brasil é um bom exemplo, pois nos últimos anos pesquisadores da Petrobrás - empresa estatal brasileira de economia mista - descobriram grandes jazidas na camada pré-sal, podendo não só elevar a posição do país no ranking de países com as maiores reservas de petróleo, mas também torná-lo um exportador desse recurso energético.

Mas, o que é a camada "pré-sal"?

A camada pré-sal é uma faixa composta de rochas calcárias localizada em grandes profundidades sob as águas oceânicas. Ela se estende ao longo de 800 quilômetros do litoral brasileiro, entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, distribuindo-se pelas *bacias sedimentares de Santos, Campos e Espírito Santo. O pré-sal tem esse nome porque se encontra abaixo da camada de sal que o recobre. No interior da camada o petróleo e o gás ficam armazenados nos poros das rochas, sob alta temperatura e pressão, o que torna o óleo mais fino e nobre, sendo de ótima qualidade para o refino da gasolina e outros combustíveis. No entanto, chegar até a camada pré-sal é um dos maiores desafios tecnológicos já enfrentados pelo Brasil. Para explorar o petróleo depositado a sete mil metros de profundidade é necessário passar por dois quilômetros de oceano, um quilômetro de rocha da camada pós-sal e dois quilômetros de espessura de sal. Além disso, o "riser" - tubo que vai da plataforma até o fundo do oceano - tem que suportar ondas sísmicas, correntes marítimas e flutuações da base.



Para entender os desafios tecnológicos que o Brasil terá que enfrentar para perfurar e explorar a camada pré-sal, acesse o infográfico "Os desafios do pré-sal ".

Vale lembrar que o desafio do pré-sal não é apenas tecnológico, há vários motivos para pesquisadores e ambientalistas questionarem a exploração do petróleo nessa camada.

*O petróleo não permanece na rocha matriz, o óleo desloca-se até encontrar um terreno apropriado para se concentrar. Esses terrenos denominados de bacias sedimentares, são formados por camadas ou lençóis porosos de areia, arenitos ou calcários. O petróleo acomoda-se no terreno ocupando os poros rochosos e formando jazidas. Na parte mais alta das jazidas são encontrados o gás natural e na parte mais baixa o petróleo.